Autoestima

A auto-estima corresponde ao somatório das nossas ideias, opiniões e sentimentos sobre nós próprios. Ter auto-estima significa que temos uma boa opinião sobre nós próprios e que nos sentimos bem connosco mesmos.

A auto-estima é importante porque nos permite ser quem somos, acreditar nos nossos valores e ideais e fazer as escolhas certas quando somos pressionados, pelos nossos amigos, por exemplo. É claro que ter uma boa auto-estima não nos garante o sucesso, mas ajuda-nos a ultrapassar as situações em que as coisas não nos correm como gostaríamos, por exemplo.

As pessoas com auto-estima sentem-se valorizadas e aceites pelos outros; sentem que merecem ser tratadas com justiça e respeito; aceitam-se e respeitam-se a si próprias, mesmo quando falham ou cometem erros; acreditam em si mesmas, mesmo quando não conseguem à primeira; conseguem reconhecer as suas qualidades e pontos fortes; têm orgulho no que fazem (por exemplo, passar num teste de matemática muito difícil ou fazer bem uma receita culinária nova).

As pessoas com baixa auto-estima têm pior opinião sobre si próprias e sentem-se desadequadas, inferiores, não merecedoras de coisas boas. Focam-se nas vezes que falharam ou não tiveram sucesso; criticam-se e são duras com elas próprias; sentem-se inseguras ou inferiores aos outros; pensam em si mesmas como tendo muitos defeitos e não sendo merecedoras de coisas boas; esperam que as outras pessoas não as aceitem e até que as tratem mal; duvidam das suas capacidades para fazer as coisas bem feitas e para terem sucesso.

A nossa auto-estima, ou seja, a forma como aprendemos a pensar e a sentir sobre nós próprios, pode ser influenciada pelos Pais, Professores e outras pessoas. Quando somos crianças, os adultos influenciam as ideias que desenvolvemos sobre nós próprios. Quando os adultos se focam nas coisas boas que somos, nos encorajam e apoiam, a auto-estima cresce saudavelmente. Mas se os adultos à nossa volta passam mais tempo a criticar-nos do que a elogiar-nos, pode ser mais difícil desenvolver uma boa auto-estima. Os nossos irmãos ou colegas da escola também nos podem afectar quando nos ridicularizam ou gozam connosco. É fácil absorvermos mensagens negativas e elas tornarem-se parte da forma como pensamos sobre nós mesmos.

E quando achamos que não temos uma boa auto-estima? Podemos melhorá-la? Claro que sim!

Precisamente porque a auto-estima é um produto dos nossos próprios pensamentos e opiniões, é algo que podemos construir e melhorar. É preciso esforço, mas podemos treinar-nos para pensar de forma mais positiva e verdadeira sobre nós próprios. Podemos desenvolver opiniões e sentimentos mais positivos sobre nós. Este processo leva tempo e é algo que devemos ir fazendo a vida inteira!

Como? Devemos começar por reparar se somos muito duros e exigentes connosco próprios. Devemos prestar atenção ao que esperamos de nós mesmos. E substituir a necessidade de perfeição por um esforço para dar o nosso melhor: toda a gente no planeta falha e comete erros, é a natureza humana. Porque haveríamos de ser diferentes? Tentar aceitar os nossos erros e a forma como somos, permitindo a nós próprios sentirmo-nos bem com aquilo que fazemos e conseguimos.

Sentirmo-nos bem connosco próprios deve ser um hábito diário, tal como lavar os dentes ou comer. Da próxima vez que dermos por nós a pensar nos nossos problemas e a queixarmo-nos sobre o nosso dia, podemos procurar uma coisa boa que contrarie isso, algo que correu bem por nossa causa, porque nos esforçamos para isso.

Não vale a pena compararmo-nos constantemente com os outros. Mais vale estabelecer objectivos realistas para nós próprios e tentar tirar o máximo partido dos nossos pontos fortes e capacidades. Dar o nosso melhor, um dia de cada vez. Toda a gente tem pontos fortes diferentes e é bom a fazer coisas diferentes: “A Catarina joga mesmo bem basquete, mas a verdade é que eu sou muito melhor em música do que no desporto. Mas vou continuar a jogar, simplesmente porque gosto”.

Quando a nossa auto-estima é menos boa tendemos a desvalorizar os elogios que nos fazem. Podemos pensar “pois… mas não é bem assim”. Em vez disso, devemos aceitar o elogio e apreciá-lo, levando-o a sério. Por algum motivo a pessoa o fez.

Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, é algo de que todos precisamos de vez em quando. Se sentes que não és capaz de melhorar a tua auto-estima sozinho, procura o Psicólogo da escola, ele pode ajudar!