Formação
VALORIZAR.ME
Os cursos Valorizar.me visam contribuir para a formação contínua dos seus membros e pretende responder diariamente às necessidades e expectativas dos psicólogos e à evolução do mercado de trabalho.
A presente oferta formativa resulta de um levantamento das necessidades formativas dos psicólogos e do mercado de trabalho e beneficiam de uma forte articulação com o sistema de Acreditação da Formação da OPP e com as Especialidades regulamentadas, contribuindo para o constante desenvolvimento dos psicólogos e da sua valorização.
O Programa Valorizar.me pretende garantir o acesso a Formação Essencial e Básica, a preços acessíveis, para a actualização dos conhecimentos e competências dos/as Psicólogos/as no exercício da sua profissão.
Mobilizar os psicólogos no sentido do seu desenvolvimento profissional, fomentando uma maior afirmação do exercício profissional da psicologia e dos psicólogos é igualmente um dos objectivos da renovada Formação OPP.
Mais informação em www.valorizar.me
Saiba mais sobre:
Consultoria Em Contexto Escolar: Fundamentos Para A Prática Profissional
Acções Formativas Acreditadas
Numa profissão em constante desenvolvimento e mudança como é a das/os Psicólogas/os, a formação contínua e a aprendizagem ao longo da vida revestem-se de uma importância fulcral, potenciando o desenvolvimento profissional e da carreira mediante a actualização de conhecimentos e competências tão necessárias ao melhor exercício da profissão.
Perante a diversidade, heterogeneidade e disparidade das ofertas formativas existentes no mercado, em termos operativos, pedagógicos, científicos e de corpo docente/formadores, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), enquanto entidade reguladora da profissão, criou o Sistema de Acreditação das Acções Formativas.
Consulte as Acções Formativas Acreditadas em
https://www.ordemdospsicologos.pt/pt/acreditacao_formacao/accoes_formativas_acreditadas
Caixa de Sugestões
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Exercício Profissional
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Os serviços de Psicologia da Educação só devem ser prestados por profissionais devidamente qualificados e reconhecidos, uma vez que estes são os únicos com competência para o fazer, não gerando perigos para as Instituições e a Saúde Física e Psicológica dos seus elementos e destinatários.
Neste sentido, deve ser considerado requisito imprescindível ser Membro (Efetivo ou Estagiário) da Ordem dos Psicólogos Portugueses para exercer o papel de Psicólogo da Educação e realizar os respetivos atos psicológicos. Poderão também ser reconhecidos enquanto Especialistas em Psicologia da Educação, de acordo com o mais recente processo de Especialização.
Os Psicólogos da Educação são obrigados a cumprir o Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses, que promove um conjunto de princípios éticos fundamentais para a intervenção psicológica, assegurando a prestação de serviços de qualidade.
Para desempenhar o papel de Psicólogo da Educação é ainda fundamental o seguinte perfil de competências básicas:
- Conhecimento científico na área da Psicologia: por exemplo, bases biológicas, cognitivas, afetivas, sociais e culturais do comportamento; desenvolvimento ao longo da vida; avaliação e diagnóstico; modelos de intervenção psicológica; metodologias de investigação; questões éticas, legais e profissionais;
- Conhecimento científico na área específica da Psicologia da Educação: por exemplo, Psicologia do Desenvolvimento, Psicologia da Educação, Psicopatologia infantil e do adolescente, Psicologia Cognitiva e da Aprendizagem, Psicologia Vocacional e Desenvolvimento da Carreira, Diagnóstico e Intervenção Psicoeducativa;
- Conhecimento científico na área da Avaliação Psicológica e Psicopedagógica: por exemplo, aplicação de critérios baseados na evidência na seleção e utilização de métodos de avaliação; administração, cotação, interpretação e síntese de resultados das avaliações efetuadas, de acordo com as regras de conduta e a investigação; formulação de diagnósticos, recomendações e opiniões profissionais com base em resultados de avaliação; comunicação de resultados de avaliação de modo integrado;
- Conhecimento científico na área da Intervenção Psicológica, Psicopedagógica e Socioeducativa: por exemplo, seleção e aplicação de intervenções que respondam às necessidades de indivíduos, famílias, grupos, organizações e comunidades; seleção e aplicação de intervenções com o objetivo de tratar problemas específicos; promoção da saúde e do bem-estar psicológicos; melhoria do desempenho individual e organizacional; redução dos fatores de risco; aumento dos fatores de proteção e da resiliência; desenvolvimento de atividades de consultadoria com outros profissionais e profissões;
- Conhecimento científico na área da Educação: estrutura e organização dos sistemas e contextos educativos; psicopedagogia; novas tecnologias aplicadas à educação, etc.;
- Competências de natureza relacional e capacidade de trabalhar em equipa: aplicação integrada da teoria e comunicação eficaz com indivíduos, famílias, grupos, comunidades e organizações; atitude colaborativa; gestão do conflito;
- Competências pessoais como a integridade, a responsabilidade, a preocupação com o bem-estar das outras pessoas e uma identidade pessoal enquanto Psicólogo, que integre o conhecimento científico e a prática e envolva um compromisso com os valores da solidariedade, igualdade e respeito pela diversidade;
- Raciocínio crítico e tomada de decisão baseada em metodologias e conhecimentos validados e comprovados (evidências científicas) provenientes da investigação científica em várias áreas;
- Profissionalismo, ética e responsabilidade social.
Colaboração com Outros Profissionais
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Dada a complexidade das realidades que são âmbito da sua atuação, a abordagem dos profissionais de Psicologia que trabalham em contextos educativos deve ser multidisciplinar e privilegiar a colaboração próxima com outros profissionais, nomeadamente Docentes e outros Agentes Educativos, Técnicos de Ação Social, Profissionais de Saúde, Terapeutas, entre outros.
O trabalho dos Psicólogos envolve ainda, muitas vezes, colaborar e facilitar o intercâmbio com outras Instituições, como Serviços de Ação Social, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s), Organizações Não-Governamentais (ONG’s); Hospitais e Centros de Saúde, Associações Locais, Juntas de Freguesia; Gabinetes de Inserção Profissional, Centros de Emprego, Redes Sociais ou Polícia e GNR.
PARTICIPAR NA CAMPANHA ESCOLA SAUDÁVELMENTE
Os Psicólogos podem apoiar a campanha Escola SaudávelMente de diversas formas, dinamizando um processo de transformação da sua escola numa Escola Saudávelmente:
- Candidatar-se à atribuição do Selo “Escola SaudávelMente”;
- Utilizar a Checklist – Boas Práticas de Saúde Psicológica, Sucesso Educativo e Inclusão como instrumento orientador da reflexão e melhoria institucional, estimulando a auto-avaliação da sua escola acerca das estratégias, práticas e actividades que realiza no que diz respeito à Saúde Psicológica e Sucesso Educativo;
- Divulgar a Campanha Escola Saudávelmente na sua escola e respectivas redes sociais utilizando os materiais disponíveis abaixo:
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Partilhar o vídeo da Campanha Escola SaudávelMente e divulgá-lo na escola e nas redes sociais que utiliza habitualmente:
CONSTRUIR UMA ESCOLA SAUDÁVELMENTE
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Os Psicólogos são parceiros essenciais da Saúde Psicológica Escolar e da Escola na capacitação da comunidade educativa e na criação de Escolas SaudávelMente.
O que podem fazer os Psicólogos Escolares e da Educação?
- Contribuir para a elaboração e implementação de políticas, planos e práticas escolares que reflitam a importância da promoção da Saúde Psicológica, do Sucesso Educativo e do bem-estar da comunidade educativa.
- Contribuir para a implementação de estratégias que apelem à participação da comunidade educativa (Alunos, Pais e Profissionais) na elaboração das políticas, planos e práticas escolares, assim como nas tomadas de decisão relativas à escola.
- Participar nos trabalhos da Equipa de Saúde Escolar.
- Desenhar e implementar um plano global, estratégias, projetos ou ações de promoção da Saúde Psicológica e Sucesso Educativo, que visem aumentar os fatores de proteção da Saúde Psicológica Escolar (por exemplo, autoestima, capacidade de adaptação e coping, autorregulação emocional, relações interpessoais na escola, resolução de problemas ou competências de comunicação e assertividade)
- Desenhar e implementar um plano global, estratégias, projetos ou ações de promoção da Saúde Psicológica e do Sucesso Educativo, que visem minimizar os fatores de risco para a Saúde Psicológica Escolar (por exemplo, discriminação sexual ou de género, exclusão social e estigma, bullying e violência escolar, insucesso e abandono escolar, dificuldades de aprendizagem, transições escolares difíceis ou disciplina escolar inconsistente).
- Dar resposta a problemas psicoeducativos e da Saúde Psicológica (por exemplo, problemas de aprendizagem, problemas de atenção e concentração, adaptação escolar, absentismo escolar ou problemas de comportamento).
- Prestar apoio a alunos em risco, alunos que experienciam dificuldades de aprendizagem, sociais, emocionais ou comportamentais, assim como a alunos com Necessidades Educativas Especiais.
- Recolher, regularmente e de forma sistematizada, informação que permita caracterizar a Saúde (Física e Psicológica), o Sucesso Educativo e o bem-estar da comunidade escolar. Partilhar os indicadores recolhidos com a comunidade escolar e utilizá-los para, de forma participativa, gerar medidas de promoção da Saúde Psicológica Escolar.
- Realizar, regularmente, Rastreios de dificuldades e problemas de Saúde Psicológica Escolar.
- Implementar e coordenar um programa de Desenvolvimento e/ou Aconselhamento Vocacional.
- Implementar e coordenar programas no âmbito do desenvolvimento de competências sócio emocionais; da educação para os afetos e a sexualidade; da prevenção de consumos e substâncias psicoativas; da facilitação das transições escolares; e do desenvolvimento de hábitos e métodos de estudo.
- Coordenar a implementação de programas de Mentoria por pares e/ou por Professores.
- Disponibilizar e discutir informação sobre Saúde Psicológica, adequada à idade dos Alunos e restante comunidade educativa. Proporcionar oportunidades formais e informais para que os Alunos e a comunidade educativa aprendam e discutam temas relacionados com a prevenção e a promoção da Saúde Psicológica, incluindo a análise da influência de familiares, amigos, media e tecnologia nos comportamentos de Saúde; desenvolvimento de competências para aceder a informação válida sobre Saúde e a produtos e serviços que permitam melhorar a Saúde; prática da capacidade de tomar decisões e usar a comunicação interpessoal para melhorar a Saúde e evitar ou reduzir os riscos para a Saúde.
- Desenvolver ou apoiar campanhas de promoção da Saúde Psicológica (por exemplo, a campanha Encontre uma Saída ou o Dia Mundial da Saúde Mental).
- Proporcionar formação a toda a comunidade educativa. Não só sobre a melhor forma de lidar com os problemas dos alunos, os sinais de alarme, e o encaminhamento correto do aluno, mas também sobre prevenção e promoção da Saúde Psicológica dos agentes educativos, assim como sobre estratégias de combate ao burnout
- Fazer consultadoria e trabalhar colaborativamente com os Professores. Os Psicólogos da Educação podem facilitar os processos de ensino-aprendizagem e prestar apoio aos Professores no sentido da individualização do processo de ensino-aprendizagem ou dp desenvolvimento de estratégias de gestão do comportamento em sala de aula, por exemplo.
- Promover oportunidades para que as famílias e outros membros da comunidade estejam ativamente envolvidos com as atividades e os processos de tomada de decisão da escola, reforçando a parceria Família-Comunidade-Escola.
- Contribuir para criar um ambiente escolar seguro e positivo. Os Psicólogos da Educação colaboram com os Diretores e Professores no sentido de escolher, desenhar e avaliar abordagens baseadas em evidências que permitam responder a situações de bullying, interação social entre os alunos, envolvimento da família, responsividade cultural e resposta em situações de crise.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Literacia em Educação para a Saúde Psicológica
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A Literacia em Saúde diz respeito à forma como as pessoas compreendem informação acerca da Saúde e dos cuidados de Saúde e de como a aplicam às suas vidas, utilizando-a para tomar decisões. A Literacia em Saúde influencia assim a Saúde dos indivíduos, assim como a segurança e a qualidade dos cuidados de Saúde.
As competências de Literacia em Saúde incluem:
- Conhecimentos básicos sobre Saúde, que facilitem a adoção de comportamentos protetores da Saúde e de prevenção da doença, bem como autocuidado;
- Competências de utilização dos Sistemas de Saúde enquanto consumidor, e de tomada de decisões relativas à sua Saúde, agindo como um parceiro ativo dos Profissionais de Saúde;
- Conhecimento dos direitos em Saúde e participação informada no debate político de assuntos relacionados com a Saúde.
Exemplos concretos de Literacia em Saúde Física poderiam ser o conhecimento e a adoção de uma dieta alimentar saudável, ações pessoais para prevenir o cancro da pele, o autoexame da mama, desenvolver competências de primeiros socorros e saber como procurar informação sobre saúde na internet ou através de outros meios.
Enquanto a importância da Literacia em Saúde para a Saúde Física tem sido amplamente reconhecida, a área da Literacia em Saúde Psicológica tem sido, comparativamente, negligenciada. A Literacia em Saúde Psicológica pode ser definida como o conjunto de conhecimentos e crenças acerca dos problemas de Saúde Mental que contribuem para o seu reconhecimento, gestão e prevenção. Inclui a capacidade de reconhecer perturbações específicas; saber como procurar informação sobre Saúde Mental; conhecer fatores de risco e causas das perturbações mentais; conhecer estratégias de autocuidado e formas de procurar ajuda profissional.
Construir competências e capacidades de Literacia em Saúde é um processo que se desenvolve ao longo da vida. Nunca ninguém é totalmente literato em Saúde. Mesmo os indivíduos com educação superior podem ter dificuldade em lidar com o Sistema de Saúde, nomeadamente quando uma condição de saúde os torna vulneráveis.
Existem evidências dos benefícios de integrar a Literacia em Saúde Psicológica na Educação e promover a Literacia em Saúde Psicológica em contextos educativos.
A promoção da Literacia em Saúde Psicológica na escola deve passar por:
- Proporcionar oportunidades formais e informais, curriculares e extracurriculares, que permitem aos/as alunos/as (a) aprender e discutir temas relacionados com a prevenção e a promoção da Saúde Psicológica, incluindo a análise da influência de familiares, amigos, media e tecnologia nos comportamentos de Saúde; (b) desenvolver competências para aceder a informação válida, produtos e serviços que permitam melhorar a sua Saúde; (c) praticar a capacidade de tomada decisões responsáveis, usar a comunicação interpessoal para melhorar a Saúde, e evitar ou reduzir os riscos para a Saúde.
- Proporciona aos Profissionais formação sobre temas relacionados com a prevenção e promoção da Saúde Psicológica.
- Proporcionar formação especificamente sobre prevenção e desenvolvimento de competências socio emocionais aos Professores.
- Disponibilizar informação sobre Saúde Psicológica, adequada à idade dos/as alunos/as e às características socioculturais da restante comunidade educativa (e.g., nos painéis públicos, website ou biblioteca).
- Desenvolver ou apoia campanhas de promoção da Saúde Psicológica (por exemplo, a campanha Encontre uma Saída ou o Dia da Saúde Mental) e de promoção do Sucesso Educativo (por exemplo, o programa Escola em Viagem ou Conta-me uma História com Mapas Digitais).
O Psicólogo da Escola deverá dar apoio técnico continuado/consultadoria e realizar atividades de supervisão na implementação de intervenções de promoção da Literacia em Saúde Psicológica.
Programas de Intervenção ASE em Portugal
Algumas condições para a implementação dos programas de intervenção ASE:
- É essencial prestar atenção à qualidade da intervenção e à forma como é implementada, para além da intervenção baseada em evidências empíricas relativamente à sua eficácia.
- As abordagens escolares parecem mais eficazes quando incluem uma perspetiva de “escola inteira”. Os novos programas devem ser integrados nos já existentes e devem ser encorajadas parcerias de trabalho em rede com estruturas dentro da comunidade.
- Os programas devem ter validade social, isto é, que os seus objetivos, procedimentos e resultados respondam às exigências das escolas, que façam sentido para os professores, que sejam aceites pelos alunos e que se ajustem ao currículo existente.
Para aceder a Programas de prevenção e promoção de competências em Portugal aceda à Plataforma Programas de Prevenção / Promoção de Competências em recursos.ordemdospsicologos.pt/programas
A Importância da Aprendizagem Sócio Emocional (ASE)
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O interesse pela promoção das competências sociais e emocionais desenvolveu-se a partir da consciência de que elas são essenciais para alcançar sucesso não só na escola como, posteriormente, na vida adulta.
A Aprendizagem Sócio Emocional (ASE) constitui um quadro conceptual de referência para a promoção das competências sociais, emocionais e académicas dos mais jovens, e a coordenação e apoio, empiricamente suportados, dos esforços da escola, da família e da comunidade nesse sentido. A abordagem da ASE salienta a necessidade de analisar os aspetos comuns e coordenar os diferentes programas existentes no terreno, respeitando uma perspetiva sistémica da intervenção, de modo a otimizar os esforços preventivos e promocionais.
Os resultados de um número muito considerável de estudos têm permitido validar um conjunto de programas implementados em Escolas, desde o Pré-Escolar ao Ensino Secundário, e que globalmente indicam que estas intervenções constituem abordagens eficazes (e baseadas em evidências empíricas) não só na aquisição das competências socio emocionais, mas também na melhoria da adaptação psicossocial dos alunos, das suas atitudes, dos resultados académicos e comportamentais e da prevenção de diversos problemas de comportamento.
A ASE assenta numa perspetiva sistémica, isto é, a promoção de competências socio emocionais deverá ocorrer não só na sala de aula, mas também ao nível de toda a Escola, das famílias e de toda a comunidade escolar.
A intervenção da ASE em sala de aula pode envolver atividades de instrução, de modelagem e de aplicação prática que podem ser conduzidas por professores que venham a ter treino adequado. Pode também estar embebida no currículo de diferentes disciplinas, e ser complementada pelas interações formais e informais entre alunos e destes com os professores no dia-a-dia da sala de aula.
A intervenção ao nível da Escola visa a construção de uma cultura e clima positivos, designadamente através do estabelecimento de normas e práticas disciplinares explícitas e justas, da criação de grupos de reflexão e da organização de serviços de apoio aos alunos, integrados por diferentes profissionais, mas muito particularmente os Serviços de Psicologia , enquanto serviços de apoio especializado.
As parcerias com as famílias e com outras estruturas comunitárias são um outro elemento importante para o reforço e a adoção de práticas comuns de promoção de competências socio emocionais nos jovens, tanto no seu ambiente familiar, como por exemplo no âmbito das atividades extraescolares em que estão envolvidos.
É importante que estas práticas estejam alinhadas com as prioridades da autarquia local, contando com o apoio dos gestores autárquicos, das direções das escolas e dos sindicatos de professores.
Ao nível sociopolítico sugere-se o desenvolvimento de metas curriculares que incluam a Aprendizagem Sócio Emocional (ASE), numa lógica longitudinal do Pré-Escolar ao Ensino Secundário, providenciando um quadro de referência e orientação relativamente aos conhecimentos que os alunos devem ter e ao que devem ser capazes de fazer no domínio das competências socio emocionais.
As intervenções no âmbito da ASE deverão começar cedo na vida das crianças – intervenção precoce; deverão abranger vários anos de escolaridade – intervenção longitudinal; deverão promover o treino explícito das competências; ser adequadas do ponto de vista cultural e desenvolvimentista – currículo em espiral; deverão promover a generalização das novas competências aprendidas; incluir um manual escrito que especifique o modelo conceptual e os procedimentos a adotar; deverão prever uma sequência coordenada de atividades e de formas ativas de aprendizagem com a utilização de materiais e atividades atrativas (mais experienciais e menos didáticas); a dedicação de tempo e atenção suficientes ao desenvolvimento de competências socio emocionais – gestão flexível; a apresentação de objetivos ASE claros e específicos, bem como deverão referir as formas de avaliação de processo e de resultado e de avaliação da eficácia dos programas.
Em linha com esta perspetiva, a ASE tem privilegiado o desenho, implementação e avaliação de programas de carácter universal, destinados a todas as crianças e jovens, mas existem também programas seletivos e indicados de ASE, dirigidos com sucesso a jovens em risco ou com diversos tipos de problemas de ajustamento.
A identificação de programas universais de qualidade e eficácia promissora continua a ser crucial, assim como orientar as escolas para que façam escolhas informadas sobre a adoção, implementação e avaliação de programas de ASE. Idealmente as direções escolares deverão estar centradas em evidências que apoiem esses programas e nos contextos nos quais eles são eficazes.
Um contributo importante neste sentido foi a construção de uma plataforma contendo programas de prevenção e promoção de competências submetidos à aprovação da Ordem dos Psicólogos Portugueses (2015) e disponível no seu site online.
Os vários programas disponíveis no site fornecem informação acerca do nível de intervenção, do tema, das estratégias, do público-alvo, do contexto de aplicação e dos critérios de qualidade. Trata-se de um recurso valioso para as direções escolares e para as equipas técnicas, em especial os Serviços de Psicologia escolar, na implementação de programas que promovam a saúde psicológica, o desenvolvimento sócio emocional e o desempenho académico, baseados em evidência científica.
O aumento da prevalência de problemas de saúde mental na população sugere a impossibilidade dos serviços de psicologia escolar darem resposta a todos os casos e, por isso, a prevenção dos problemas e a promoção da saúde psicológica são a única via economicamente viável. Mudar para este sistema mais vasto de inclusão do modelo de prevenção/promocional requer considerar, não apenas as necessidades dos alunos que estão a experienciar dificuldades significativas, mas a de todos os alunos e da Escola.
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