Quando Estou Feliz

Também pode ser importante partilhar com os outros quando estamos alegres. Às vezes, é bom pensar nas coisas que nos fazem felizes, como quando a mãe conta histórias ou quando lemos para ela, quando vamos passear com os pais ou vamos ao cinema, ou simplesmente quando pensamos em brincar ou em ter uma boa conversa com os nossos amigos.

 

O que acontece quando nos sentimos felizes?

Quando estamos alegres, pensamos em coisas boas e positivas e às vezes até sentimos uma espécie de borboletas no estômago. Mostramos um sorriso de orelha a orelha, damos boas gargalhadas ou até pulos de alegria! Nessas alturas, também nos sentimos mais fortes e mais capazes de ajudar os amigos.

Quando temos boas ideias também nos sentimos mais felizes e às vezes até descobrimos boas soluções para situações que nos preocupam ou que preocupam os nossos amigos. É bom quando pensamos neles, nos colocamos no lugar deles e os conseguimos ajudar, através da nossa alegria e boa disposição!

Quando acontecem injustiças e ralham connosco, ficamos tristes, mas quando os amigos dizem a verdade ou o Professor compreende o que se passou, ficamos felizes. Não estamos felizes ou alegres o tempo todo. Se reagíssemos a situações desagradáveis com alegria, isso seria sinal de um problema: ou não estávamos a compreender a situação, ou não estávamos a ser verdadeiros connosco e com os outros. Por isso, é normal sentirmo-nos tristes ou zangados de vez em quando, mas sabemos que acabará por passar, sobretudo se pensamos nas coisas que nos fazem sentir bem.

Quando jogamos à bola sentimo-nos contentes, mas se ela é lançada mais alto e parte o vidro da janela, ficamos sem saber o que fazer. O Auxiliar ralha connosco mas pedimos desculpa e acaba por compreender. Acabamos por arranjar uma solução em conjunto e ver a melhor forma de contarmos aos nossos Pais para cobrir o prejuízo. Encontrar uma solução para algo em conjunto com um adulto, pode fazer-nos sentir felizes.

Podemos ficar ainda mais alegres se ouvirmos música, dançarmos, praticarmos um desporto ou fizermos algo de que gostemos. Mas, ficamos mesmo felizes se fizermos coisas que levam os outros a sentirem-se também felizes… Por exemplo, quando dizemos aos nossos pais ou aos nossos amigos que gostamos deles ou quando reconhecemos os nossos erros e pedimos desculpa ao pai. Se ajudarmos quando é preciso, a mãe e o pai ficam felizes, ou quando dizemos “Obrigada, Mãe, por me teres ajudado a preparar o lanche!”.

Todos experimentamos emoções positivas e negativas. Mas, o mais importante é saber expressá-las da forma mais adequada. Se nos permitirmos expressar uma emoção positiva, influenciamos positivamente o nosso comportamento e o nosso bem-estar, mas também o comportamento e o bem-estar dos nossos amigos ou familiares. Por isso é tão importante estarmos atentos aos momentos em que nos sentimos alegres e usarmos isso para contagiar os outros e ajudá-los a descontrair.

Mas, depois de um dia ventoso, será possível voltarmos a colocar todas as penas dentro da almofada?

 

O que podemos fazer para nos voltarmos a sentir alegres?

  • Em primeiro lugar, é importante reconhecer e aceitar o que nos está a acontecer e o mal-estar que possamos estar a sentir, lembrando-nos que, à partida, irá passar e que mais tarde ou mais cedo nos voltaremos a sentir bem. Devemos ainda tentar ser tolerantes e pacientes para com a situação, para connosco ou para com os outros.
  • Respeitar a opinião ou o espaço dos outros é positivo, bem como dizer-lhes directamente como é importante sentirmo-nos respeitados. Também é importante termos a certeza daquilo que dizemos ou reunirmos o máximo de informação possível, para que não se gerem mal-entendidos, rumores ou juízos de valor. Se o mal-entendido foi relativo a nós, podemos objectivamente explicar as nossas acções e intenções. Isso ajuda-nos a esclarecer e a retomar as boas relações com os outros e faz-nos sentir bem.
  • Colocarmo-nos no lugar do outro, como se experimentássemos calçar os seus sapatos, para tentar perceber como o outro se sente ou pensa, ajuda-nos a compreendê-lo; também podemos procurar falar sobre o que sentimos com um amigo e notar que ele nos compreende. Essa capacidade de parte a parte pode ser muito útil e muito importante para criar boas relações, relações que nos fazem sentir felizes.
  • Colaborar e cooperar com os outros também nos pode gerar grande satisfação e alegria. Quando nos disponibilizamos para colaborar e cooperar, encontramos mais facilmente soluções para os nossos problemas ou até apresentamos trabalhos muito mais interessantes e com mais valor.

Podemos pedir a opinião de um amigo ou de um adulto, sobre como encarar um dia ventoso, se a situação nos parecer mais séria. Também podemos pedir ajuda ao Psicólogo da escola. Os Psicólogos sabem usar os nossos momentos mágicos, as situações em que já fomos bem-sucedidos, as nossas experiências únicas de alegria para nos ajudar a lidar com situações de conflito, com problemas ou com dias ou situações stressantes.